Por Comunicação Ruas e Praças
28/05/08
O Seminário Construindo Ações Contra a Redução da Maioridade Penal acontece na próxima terça-feira(03)às 8h30. O auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), próximo a rua do Príncipe, sediará o evento.
No Seminário haverá o lançamento do Vídeo Redução Não é Solução, que contou com a participação do educador do Grupo Ruas e Praças, Antônio José (Tonho das Olindas). O objetivo do evento é fortalecer e disseminar os argumentos contrários à redução da idade penal de 18 para 16 anos e propor ações que qualifiquem e ampliem esta luta.
Para participar do Seminário é preciso preencher a ficha de inscrição enviar para o email: forumdcarecife@gmail.com ou pelo fax: (81) 3227-7122/7662/4560
PROGRAMAÇÃO
8h30 - Apresentação
Exibição do Vídeo Redução não é Solução
Roda de Diálogos
12h - Almoço
13h - Grupos de Trabalho (GTs)
Socialização das propostas dos GTs
Mesa de compromisso
Encerramento
Outras Informações enviar email para o endereço forumdcarecife@gmail.com
quarta-feira, 28 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Desemprego brasileiro é maior entre os jovens
Por Jornal do Commercio
21/05/08
Segundo a pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil, apresentada ontem pelo Ipea, quase metade (46,6%) dos desempregados do País estão localizados na faixa etária entre 15 e 24 anos
RECIFE e SÃO PAULO – Quase metade dos desempregados brasileiros (46,6%) tem entre 15 e 24 anos. O desemprego nessa faixa etária é 3,5 vezes maior do que entre adultos com mais de 24 anos. A informação faz parte do estudo apresentado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta ainda que a situação da juventude brasileira tem piorado nos últimos anos: em 1995, o índice de desemprego era 2,9 vezes menor entre jovens de 15 a 24 anos em relação a adultos maiores de 24 anos. Em 1990, o mesmo índice era de 2,8.
De acordo com os técnicos do Ipea, o desemprego é maior entre os jovens porque, nas ondas de demissão, eles acabam demitidos a um custo mais baixo para as empresas. Os jovens também são considerados “menos essenciais” ao funcionamento das firmas já que têm menos experiência.
Sandra Maria Torres, de 25 anos recém-completados, está desempregada desde fevereiro, quando seu contrato temporário com uma loja de departamentos foi encerrado. Mas antes disso teve empregos fixos como vendedora em outros estabelecimentos comerciais, sendo dispensada “por não atingir as metas”.
Ela considera justamente a falta de experiência como principal obstáculo para conseguir um emprego, além das exigências de qualificação. “Estou fazendo vários cursos de capacitação. Conclui agora há pouco o curso de recepcionista da Agência do Trabalho e estou fazendo um de telemarketing na esperança de conseguir alguma coisa”, comentou.
O estudo comparou a porcentagem de jovens entre o total de desempregados de outros países com os índices brasileiros. Enquanto no Brasil a taxa é de 46,6%, na Argentina é de 39,6%, no Reino Unido é de 38,6%, nos Estados Unidos, 33,2%, na Alemanha 16,3%. O país que mais se aproxima dos Brasil, entre os pesquisados, é o México, com 40,4% de jovens nessa idade entre o total de desempregados.
Na Espanha, país com o qual recentemente o Brasil teve uma crise diplomática em razão de suposta imigração ilegal, o índice é de 25,6%. A pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil foi organizada pelos especialistas Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino.
21/05/08
Segundo a pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil, apresentada ontem pelo Ipea, quase metade (46,6%) dos desempregados do País estão localizados na faixa etária entre 15 e 24 anos
RECIFE e SÃO PAULO – Quase metade dos desempregados brasileiros (46,6%) tem entre 15 e 24 anos. O desemprego nessa faixa etária é 3,5 vezes maior do que entre adultos com mais de 24 anos. A informação faz parte do estudo apresentado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta ainda que a situação da juventude brasileira tem piorado nos últimos anos: em 1995, o índice de desemprego era 2,9 vezes menor entre jovens de 15 a 24 anos em relação a adultos maiores de 24 anos. Em 1990, o mesmo índice era de 2,8.
De acordo com os técnicos do Ipea, o desemprego é maior entre os jovens porque, nas ondas de demissão, eles acabam demitidos a um custo mais baixo para as empresas. Os jovens também são considerados “menos essenciais” ao funcionamento das firmas já que têm menos experiência.
Sandra Maria Torres, de 25 anos recém-completados, está desempregada desde fevereiro, quando seu contrato temporário com uma loja de departamentos foi encerrado. Mas antes disso teve empregos fixos como vendedora em outros estabelecimentos comerciais, sendo dispensada “por não atingir as metas”.
Ela considera justamente a falta de experiência como principal obstáculo para conseguir um emprego, além das exigências de qualificação. “Estou fazendo vários cursos de capacitação. Conclui agora há pouco o curso de recepcionista da Agência do Trabalho e estou fazendo um de telemarketing na esperança de conseguir alguma coisa”, comentou.
O estudo comparou a porcentagem de jovens entre o total de desempregados de outros países com os índices brasileiros. Enquanto no Brasil a taxa é de 46,6%, na Argentina é de 39,6%, no Reino Unido é de 38,6%, nos Estados Unidos, 33,2%, na Alemanha 16,3%. O país que mais se aproxima dos Brasil, entre os pesquisados, é o México, com 40,4% de jovens nessa idade entre o total de desempregados.
Na Espanha, país com o qual recentemente o Brasil teve uma crise diplomática em razão de suposta imigração ilegal, o índice é de 25,6%. A pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil foi organizada pelos especialistas Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Amanhã é dia de reunião do Sócio-Familiar
Por Comunicação Ruas e Praças
19/05/08
As famílias atendidas pelo Programa Sócio- Familiar do Grupo Ruas e Praças participam da reunião nesta terça-feira (20). As drogas, dando continuidade ao Encontro no Sítio Capim de Cheiro, serão a temática trabalhada na reunião.
Das 14h às 16h30, na sede do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, as famílias discutirão a temática e assistirão o filme Diário de Um Adolescente.
O próximo encontro das famílias será no dia 27/05/08. O Programa Sócio-Familiar tem como objetivo estimular as crianças e os adolescentes que vivem em situação de rua a reintegrar-se às suas famílias.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
É Hoje, vamos pra passeata!
Por Comunicação Ruas e Praças
16/05/08
Caminhada Contra o Abuso e a Exploração Sexual
O Grupo Ruas e Praças participa, nesta sexta-feira(16), da caminhada contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A concentração será no Parque Treze de Maio, a partir das 15h30. A passeata segue em direção à Praça do Diário com chegada prevista para às 17h30.
16/05/08
Caminhada Contra o Abuso e a Exploração Sexual
O Grupo Ruas e Praças participa, nesta sexta-feira(16), da caminhada contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A concentração será no Parque Treze de Maio, a partir das 15h30. A passeata segue em direção à Praça do Diário com chegada prevista para às 17h30.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Ruas e Praças no Combate ao Abuso e a Exploração Sexual
Por Comunicação Ruas e Praças
14/05/08
A Rede de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes do Estado de Pernambuco realiza, nesta e na próxima semana, uma campanha para marcar o dia 18 de maio - Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Neste ano o tema abordado é a Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: Acreditar, Proteger e Responsabilizar. Porém a temática, do ano passado, Responsabilização X Proteção continua viva, pois não foram percebidos avanços significativos na área de responsabilização.
O Grupo Ruas e Praças participa, nesta sexta-feira(16), da caminhada contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A concentração será no Parque Treze de Maio, a partir das 15h30. A passeata segue em direção à Praça do Diário com chegada prevista para às 17h30.
PROGRAMAÇÃO
13/05/08 - Terça-feira
Vídeo-Debate do filme Deserto Feliz
Na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) das 8h30 às 12h
16/05/08 - Sexta-feira
Caminhada com Panfletagem
Concentração no Parque Treze de Maio às 15h30
Com destino à Praça do Diário, chegada prevista às 17h30
19/05/08 - Segunda-Feira
Seminário Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: Acreditar, Proteger e Responsabilizar
No centro de Convenções- Sala da República
Das 8h às 13h
Vagas Limitadas; Inscrições pelo email creas_pe_gov@yahoo.com.br ou
pelo telefone: (81)3423-6263
14/05/08
A Rede de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes do Estado de Pernambuco realiza, nesta e na próxima semana, uma campanha para marcar o dia 18 de maio - Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Neste ano o tema abordado é a Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: Acreditar, Proteger e Responsabilizar. Porém a temática, do ano passado, Responsabilização X Proteção continua viva, pois não foram percebidos avanços significativos na área de responsabilização.
O Grupo Ruas e Praças participa, nesta sexta-feira(16), da caminhada contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A concentração será no Parque Treze de Maio, a partir das 15h30. A passeata segue em direção à Praça do Diário com chegada prevista para às 17h30.
PROGRAMAÇÃO
13/05/08 - Terça-feira
Vídeo-Debate do filme Deserto Feliz
Na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) das 8h30 às 12h
16/05/08 - Sexta-feira
Caminhada com Panfletagem
Concentração no Parque Treze de Maio às 15h30
Com destino à Praça do Diário, chegada prevista às 17h30
19/05/08 - Segunda-Feira
Seminário Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: Acreditar, Proteger e Responsabilizar
No centro de Convenções- Sala da República
Das 8h às 13h
Vagas Limitadas; Inscrições pelo email creas_pe_gov@yahoo.com.br ou
pelo telefone: (81)3423-6263
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Ruas e Praças vira notícia!
CLIPPING
Últimas Notícias
Publicado pela Folha digital /Folha de Pernambuco
07/05/2008 14:58
ONG realiza bazar solidário nesta quinta-feira
Com informações da assessoria
Nesta quinta-feira (08), a ONG Ruas e Praças realiza um bazar solidário de dia das mães. Das 10h às 17h, roupas, acessórios, bijuterias e alimentos orgânicos serão vendidos a preços baixos. O Bazar acontece na sede do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que fica na rua Capitão Lima, número 132, próximo à rua da Aurora.
A decoração será feita pelas crianças e adolescentes ligados à entidade, com o objetivo de comemorar o Dia das Mães. Outra novidade é a venda de produtos orgânicos produzidos na oficina de agricultura do Sítio Capim de Cheiro, que fica no município de Caaporã. O sítio é um dos Programas de trabalho do Ruas e Praças, onde os meninos e meninas passam por um processo de mudança na perspectiva de vida.
O objetivo do evento é arrecadar recursos para a instituição, que não possui fins lucrativos. O Grupo Ruas e Praças (GRP) têm como missão educar crianças e adolescentes que vivem em situação de rua e vulnerabilidade de direitos através da cultura.
As doações em dinheiro para ajudar os programas da instituição devem ser feitas em nome da ONG Ruas e Praças no:
Banco do Bradesco
Conta 153027-5
Agência 0286-0
Jornal do Commercio / JC Nas Ruas - Coluna de Claudia Parente
08/05/08
Bazar tem até alimentos orgânicos
A ONG Ruas e Praças realiza bazar do Dia das Mães, hoje, das 10h às 17h, na Rua do Lima, Santo Amaro, para ajudar a manter meninos carentes.
Últimas Notícias
Publicado pela Folha digital /Folha de Pernambuco
07/05/2008 14:58
ONG realiza bazar solidário nesta quinta-feira
Com informações da assessoria
Nesta quinta-feira (08), a ONG Ruas e Praças realiza um bazar solidário de dia das mães. Das 10h às 17h, roupas, acessórios, bijuterias e alimentos orgânicos serão vendidos a preços baixos. O Bazar acontece na sede do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que fica na rua Capitão Lima, número 132, próximo à rua da Aurora.
A decoração será feita pelas crianças e adolescentes ligados à entidade, com o objetivo de comemorar o Dia das Mães. Outra novidade é a venda de produtos orgânicos produzidos na oficina de agricultura do Sítio Capim de Cheiro, que fica no município de Caaporã. O sítio é um dos Programas de trabalho do Ruas e Praças, onde os meninos e meninas passam por um processo de mudança na perspectiva de vida.
O objetivo do evento é arrecadar recursos para a instituição, que não possui fins lucrativos. O Grupo Ruas e Praças (GRP) têm como missão educar crianças e adolescentes que vivem em situação de rua e vulnerabilidade de direitos através da cultura.
As doações em dinheiro para ajudar os programas da instituição devem ser feitas em nome da ONG Ruas e Praças no:
Banco do Bradesco
Conta 153027-5
Agência 0286-0
Jornal do Commercio / JC Nas Ruas - Coluna de Claudia Parente
08/05/08
Bazar tem até alimentos orgânicos
A ONG Ruas e Praças realiza bazar do Dia das Mães, hoje, das 10h às 17h, na Rua do Lima, Santo Amaro, para ajudar a manter meninos carentes.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Esta quinta é dia de Bazar das Mães
Por Comunicação Ruas e Praças
07/05/08
Nesta quinta-feira, 8, a ONG Ruas e Praças realiza um bazar solidário de dia das mães. Das 10h às 17h, roupas, acessórios, bijuterias e alimentos orgânicos serão vendidos a preços irrisórios. O Bazar acontece na sede do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que fica na rua Capitão Lima, número 132, próximo a rua da Aurora.
A decoração será feita pelas crianças e adolescentes ligados à para comemorar o Dia das Mães. Outra novidade, é a venda de produtos orgânicos produzidos na oficina de agricultura do Sítio Capim de Cheiro, que fica no município de Caaporã. O sítio é um dos Programas de trabalho do Ruas e Praças, onde os meninos e meninas passam por um processo de mudança na perspectiva de vida.
O objetivo do evento é arrecadar recursos para a instituição que não possui fins lucrativos. O Grupo Ruas e Praças, GRP, têm como missão educar crianças e adolescentes que vivem em situação de rua e vulnerabilidade de direitos através da cultura. Essa mobilização de recursos tem a finalidade de ajudar nas ações desempenhadas pelo GRP, mas que não estão sendo financiadas pelos projetos.
As doações em dinheiro para ajudar os programas da instituição devem ser feitas em nome da ONG Ruas e Praças no:
Banco do Bradesco
Conta 153027-5
Agência 0286-0
07/05/08
Nesta quinta-feira, 8, a ONG Ruas e Praças realiza um bazar solidário de dia das mães. Das 10h às 17h, roupas, acessórios, bijuterias e alimentos orgânicos serão vendidos a preços irrisórios. O Bazar acontece na sede do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que fica na rua Capitão Lima, número 132, próximo a rua da Aurora.
A decoração será feita pelas crianças e adolescentes ligados à para comemorar o Dia das Mães. Outra novidade, é a venda de produtos orgânicos produzidos na oficina de agricultura do Sítio Capim de Cheiro, que fica no município de Caaporã. O sítio é um dos Programas de trabalho do Ruas e Praças, onde os meninos e meninas passam por um processo de mudança na perspectiva de vida.
O objetivo do evento é arrecadar recursos para a instituição que não possui fins lucrativos. O Grupo Ruas e Praças, GRP, têm como missão educar crianças e adolescentes que vivem em situação de rua e vulnerabilidade de direitos através da cultura. Essa mobilização de recursos tem a finalidade de ajudar nas ações desempenhadas pelo GRP, mas que não estão sendo financiadas pelos projetos.
As doações em dinheiro para ajudar os programas da instituição devem ser feitas em nome da ONG Ruas e Praças no:
Banco do Bradesco
Conta 153027-5
Agência 0286-0
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Comunicação ajuda na inclusão social
ONG promove semanalmente encontro com jovens de 12 a 17 anos que discutem alternativas a problemas enfrentados pelo município do Cabo de Santo Agostinho
Por Daniel Guedes do Jornal do Commercio
05/05/08
Todas as semanas, um grupo de 160 jovens, com idade entre 12 e 17 anos, reúne-se para discutir meios de comunicação como forma de trabalhar os problemas do município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Os encontros do projeto Pelo Direito de Comunicar, da organização não-governamental (ONG) inglesa Plan, acontecem atualmente nos distritos de Pontezinha, Ponte dos Carvalhos, Vila Boa Esperança, Charneca e Mercês e oferecem oficinas de audiovisual, radiojornalismo, radioteatro, fanzine, fotografia, direitos humanos e teatro. Ao fim de cada módulo, os participantes elaboram um trabalho para formalizar a conclusão da etapa.
O projeto começou em 2003 e já atendeu 140 jovens. Um deles é o estudante Denilson Alves, 17 anos, que hoje trabalha como monitor, ajudando outros meninos e meninas. “Passei a ver o mundo de outra forma. A vida do adolescente muda quando adquire esse tipo de conhecimento. No mundo em que vivemos, as pessoas nos privam muito de informação”, acredita o rapaz que este ano conclui os estudos no colégio.
“Se a gente não tivesse participado ia tomar o rumo que a maioria dos jovens toma. Agora temos perspectiva de ir atrás de uma faculdade, procurar um futuro melhor. Quero compartilhar aquilo que aprendi. Como disseminador vou poder abrir o horizonte de outras pessoas”, diz Júlio José do Nascimento, 18, estudante do 3º ano do ensino médio.
“Aqui no Cabo de Santo Agostinho, os adolescentes são carentes de meios de comunicação. Queremos que os jovens criem uma rede para se comunicar”, explica o coordenador do projeto, Astrogildo Gonçalves.
DIREITOS
No Clube América, no bairro de Pontezinha, um grupo de cerca de 40 pessoas discutia direitos humanos na semana passada. Estendidos em um varal, desenhos feitos pelos participantes representavam os maiores desrespeitos que a maioria vivencia ou observava na comunidade.
O tema mais lembrado pelos jovens foi a violência, reflexo direto da situação vivenciada no município. Segundo dados sobre crimes violentos letais intencionais (homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) dos anos de 2006 e 2007, disponibilizados no site da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem), o município é o campeão de violência entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. Foram registrados 96 casos.
“Tem muitos direitos, como direito à vida e ao lazer, que não são respeitados”, afirma Giovani Gomes de Oliveira, 15 anos. “Quero mostrar o que está acontecendo na rua. Quero que as pessoas vejam a violência, os assaltos, mas também as coisas boas que acontecem por aqui”, salienta Rodrigo Ferreira, 12. A fotografia e o vídeo são as armas que Deusenize dos Santos, 17, quer usar para elevar a auto-estima de sua comunidade. “Quero mostrar o lado bom das coisas. O que é ruim, o pessoal já está acostumado a ver”, diz.
Reinaldo Ramos, 15, espera ansioso pelas aulas de radiojornalismo. “O rádio é um bom meio de se comunicar e quero usá-lo como uma maneira de chamar a atenção das pessoas para os problemas”, diz Reinaldo. Ele sonha em se tornar locutor e já tem em mente a manchete que um dia quer dar. “‘Todos os jovens estão reabilitados das drogas’ é a notícia que eu queria poder dizer no rádio”.
Com apenas 13 anos, Jeferson do Nascimento preocupa-se com os danos que a degradação do meio ambiente pode trazer. “Quero fazer fotos mostrando que o homem está destruindo a natureza e mandar para o presidente”, diz o menino.
A assistente social Adriana França, facilitadora da oficina de direitos humanos, acredita que o projeto que é desenvolvido tem grande importância para a comunidade. “A comunicação funciona como estratégia de fazer os direitos humanos serem cumpridos”, salienta.
Mesmo nas primeiras oficinas, a facilitadora já observa que sua turma está engajada. “Eles têm consciência dos direitos e viram que todos precisam exercê-los, que é importante cobrar a implementação deles”, explica Adriana França.
INTERNACIONAL
Os trabalhos de conclusão das oficinas são apresentados na própria comunidade, mas também ganham o mundo. O material produzido nos anos anteriores já foi exibido em outros Estados e países. Estados Unidos, Noruega e Portugal já puderam ver a realidade local através dos olhos dos garotos.
Em 2003, um documentário sobre gravidez na adolescência, produzido pelos jovens, chegou a ganhar o prêmio internacional Child Media, da Espanha.
A iniciativa, porém, esbarra na limitação dos recursos. Os R$ 150 mil que a ONG dispõe para investir não chegam nem perto do custo real do projeto: R$ 250 mil. A quantidade de equipamentos também é limitada e foi conseguida graças a doações.
“Já temos uma câmera mini-DV digital, microfone e gravadores. Estamos buscando parcerias com a iniciativa privada”, afirma o coordenador, Astrogildo Gonçalves.
Quem quiser ajudar os 160 integrantes do projeto Pelo Direito de Comunicar deve entrar em contato com a ONG Plan através do número 2119-7575 ou pelo site da instituição, www.plan.org.br.
Por Daniel Guedes do Jornal do Commercio
05/05/08
Todas as semanas, um grupo de 160 jovens, com idade entre 12 e 17 anos, reúne-se para discutir meios de comunicação como forma de trabalhar os problemas do município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Os encontros do projeto Pelo Direito de Comunicar, da organização não-governamental (ONG) inglesa Plan, acontecem atualmente nos distritos de Pontezinha, Ponte dos Carvalhos, Vila Boa Esperança, Charneca e Mercês e oferecem oficinas de audiovisual, radiojornalismo, radioteatro, fanzine, fotografia, direitos humanos e teatro. Ao fim de cada módulo, os participantes elaboram um trabalho para formalizar a conclusão da etapa.
O projeto começou em 2003 e já atendeu 140 jovens. Um deles é o estudante Denilson Alves, 17 anos, que hoje trabalha como monitor, ajudando outros meninos e meninas. “Passei a ver o mundo de outra forma. A vida do adolescente muda quando adquire esse tipo de conhecimento. No mundo em que vivemos, as pessoas nos privam muito de informação”, acredita o rapaz que este ano conclui os estudos no colégio.
“Se a gente não tivesse participado ia tomar o rumo que a maioria dos jovens toma. Agora temos perspectiva de ir atrás de uma faculdade, procurar um futuro melhor. Quero compartilhar aquilo que aprendi. Como disseminador vou poder abrir o horizonte de outras pessoas”, diz Júlio José do Nascimento, 18, estudante do 3º ano do ensino médio.
“Aqui no Cabo de Santo Agostinho, os adolescentes são carentes de meios de comunicação. Queremos que os jovens criem uma rede para se comunicar”, explica o coordenador do projeto, Astrogildo Gonçalves.
DIREITOS
No Clube América, no bairro de Pontezinha, um grupo de cerca de 40 pessoas discutia direitos humanos na semana passada. Estendidos em um varal, desenhos feitos pelos participantes representavam os maiores desrespeitos que a maioria vivencia ou observava na comunidade.
O tema mais lembrado pelos jovens foi a violência, reflexo direto da situação vivenciada no município. Segundo dados sobre crimes violentos letais intencionais (homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) dos anos de 2006 e 2007, disponibilizados no site da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem), o município é o campeão de violência entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. Foram registrados 96 casos.
“Tem muitos direitos, como direito à vida e ao lazer, que não são respeitados”, afirma Giovani Gomes de Oliveira, 15 anos. “Quero mostrar o que está acontecendo na rua. Quero que as pessoas vejam a violência, os assaltos, mas também as coisas boas que acontecem por aqui”, salienta Rodrigo Ferreira, 12. A fotografia e o vídeo são as armas que Deusenize dos Santos, 17, quer usar para elevar a auto-estima de sua comunidade. “Quero mostrar o lado bom das coisas. O que é ruim, o pessoal já está acostumado a ver”, diz.
Reinaldo Ramos, 15, espera ansioso pelas aulas de radiojornalismo. “O rádio é um bom meio de se comunicar e quero usá-lo como uma maneira de chamar a atenção das pessoas para os problemas”, diz Reinaldo. Ele sonha em se tornar locutor e já tem em mente a manchete que um dia quer dar. “‘Todos os jovens estão reabilitados das drogas’ é a notícia que eu queria poder dizer no rádio”.
Com apenas 13 anos, Jeferson do Nascimento preocupa-se com os danos que a degradação do meio ambiente pode trazer. “Quero fazer fotos mostrando que o homem está destruindo a natureza e mandar para o presidente”, diz o menino.
A assistente social Adriana França, facilitadora da oficina de direitos humanos, acredita que o projeto que é desenvolvido tem grande importância para a comunidade. “A comunicação funciona como estratégia de fazer os direitos humanos serem cumpridos”, salienta.
Mesmo nas primeiras oficinas, a facilitadora já observa que sua turma está engajada. “Eles têm consciência dos direitos e viram que todos precisam exercê-los, que é importante cobrar a implementação deles”, explica Adriana França.
INTERNACIONAL
Os trabalhos de conclusão das oficinas são apresentados na própria comunidade, mas também ganham o mundo. O material produzido nos anos anteriores já foi exibido em outros Estados e países. Estados Unidos, Noruega e Portugal já puderam ver a realidade local através dos olhos dos garotos.
Em 2003, um documentário sobre gravidez na adolescência, produzido pelos jovens, chegou a ganhar o prêmio internacional Child Media, da Espanha.
A iniciativa, porém, esbarra na limitação dos recursos. Os R$ 150 mil que a ONG dispõe para investir não chegam nem perto do custo real do projeto: R$ 250 mil. A quantidade de equipamentos também é limitada e foi conseguida graças a doações.
“Já temos uma câmera mini-DV digital, microfone e gravadores. Estamos buscando parcerias com a iniciativa privada”, afirma o coordenador, Astrogildo Gonçalves.
Quem quiser ajudar os 160 integrantes do projeto Pelo Direito de Comunicar deve entrar em contato com a ONG Plan através do número 2119-7575 ou pelo site da instituição, www.plan.org.br.
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